Ouvi Joan Baez pela primeira vez em 1990, quando um chefe me emprestou o álbum "Blessed Are", lançado em 1971. Fiquei impressionado ao descobrir suas músicas, em especial "Put Your Hand In The Hand of The Man", cuja versão em português eu conhecia bem.
A versão "Põe a mão na mão do meu Senhor da Galileia, põe a mão na mão do meu Senhor que acalma o mar (...)"
Ao procurar o vídeo vi também que Elvis Presley também gravou a música, mas como todo mundo lembra de Elvis, mas quase ninguém aqui no Brasil se lembra de Baez, "Put your hand..."
Ontem me lembrei de cantores seculares com músicas que falam sobre Deus ou fatos ou pessoas da Bíblia: The Byrs, Joan Baez, Roberto Carlos, Renato Russo, Cat Stevens, ..., e me detive com Rita Lee interpretando a versão de Nara Leão "José".
Mais para romântica que para religiosa, demonstra o grande ser humano que foi José. Quer por amor a Deus que por amor a Maria, decidiu fazer o que era correto.
A um mês do Natal, dedico a música a todos os pais que a cada dia escolhem fazer o correto por seus filhos, mesmo que requeira um maior esforço.
E por falar em Salomão, acredito que ele, do alto de sua sabedoria, deve ter passado por grandes crises existenciais: "(...) vaidade, tudo é vaidade (...)", tudo registrado no livro Eclesiastes na Bíblia.
Do livro extraem-se diversos conselhos para a vida em harmonia, que deve-se viver o presente a fim de se evitar a ansiedade, o que tempos mais tarde Jesus resgataria na passagem sobre os lírios do campo... enfim, um verdadeiro e bem atual livro de auto ajuda.
Por isso posto The Byrds, 1965, tempo em que as bandas de rock ainda falavam alguma coisa de Deus.
Depois de cinco vídeos, finalmente um nacional. Não sou nem era fã de Cássia Eller, mas "Malandragem" é caso de tirar o chapéu, pois a meu ver a música de Cazuza e Frejat se assentou de forma magnífica na voz da cantora, tanto que ficou icônica.
Em princípio acho a música completamente profana, pois acredito que Deus não daria malandragem a ninguém. Imagine Salomão pedindo malandragem e não sabedoria... o que não impede a malandragem estar incluída na sabedoria...
Contudo, hoje lembrei-me da música pois mesmo depois de 40 e tantos anos, em muitos momentos, sinto ter como principal virtude ou defeito, a ingenuidade.
Ainda lembro minha avó dizendo: "Pobre criança inocente."
O vídeo da música "They don't care about us" é mais uma obra de arte do acervo de Michael Jackson, ainda mais por ter sido gravado por aqui, em dois lugares que conheço bem: a favela e o morro no Rio de Janeiro e o Pelourinho em Salvador-BA
A música fala sobretudo do descaso com aqueles em situação nada favorecida: "(...) some things in life they just don't wanna see (...)". É uma crítica a todos os que têm o poder para reverter a situação de sofrimento vivida por muitos. O compositor menciona Franklin Roosevelt e Luther King, dizendo que se ambos estivessem vivos a realidade seria diferente.
Trazendo à realidade de 20 anos passados, o Brasíl país rico em recursos, mas sem dinheiro para fazer as melhorias necessárias para os cidadãos. Na minha adolescência muito se falava em dívida externa, inflação galopante e desemprego. Claro, se o país estava em débito com o FMI, não sobrava dinheiro para as melhorias domésticas. É como numa casa, se a família está afundada em dívidas, como poderá crescer e proporcionar o conforto a todos os seus componentes?
Muito se fez nos últimos anos, já não se vê mais crianças morrendo de fome como eu mesmo vi em 1993 na Bahia. A realidade é outra, as pessoas estão comendo muito e comendo mal, como se vê nos constantes programas sobre saúde, exibidos pelo Globo Repórter.
Mudamos tanto que em 2013 a população voltou às ruas pra protestar. Protestar pelo quê? Em momentos achei que as pessoas mal sabiam o motivo. Falaram em mais saúde, mais educação e meio de transporte de qualidade. Acho que as coisas têm melhorado, mas até hoje não consigo notar (ou sentir) uma preocupação real por parte daqueles que detêm o poder, com raríssimas exceções, que prefiro não comentar, pois política é política. Vale lembrar que tudo o que fazem não passa de obrigação, não estão sendo bonzinhos e nem tão preocupados com o povo, mas sim consigo mesmos, com a permanência nos cargos, com a ostentação e com o poder.
A intenção da postagem deste vídeo é uma reposta a todos aqueles que fazem uso de qualquer situação alheia em benefício próprio, pois acabam usando as pessoas (seus semelhantes) para alcançarem seus próprios objetivos. Lançar mão desses artifícios é realmente não se importar com ninguém. Fora todo o blá blá, só resta: "They don't really care about us".
Ainda na linha do vídeo anterior, a música "Starry Starry Night" composta em homenagem ao pintor Vincent van Gogh, por Don McClean, mostra um provável "Fool on The Hill", tanto que ficou famoso anos após sua morte.
A primeira vez que escutei a música foi no programa "Aprenda Inglês com Música", com a professora Marcia Krengiel, que era transmitido nos anos 80 pela TVE. Se não me falha a memória, a apresentadora disse que a canção também foi tema de um filme sobre a vida do Van Gogh. Pena que não consegui assistir nem localizar o filme em locadora, talvez, quem sabe procure no YouTube.
Na parte mais profunda da música o compositor diz: "But I should have told you Vincent, this world was never meant for one as beautiful as you".
Don Mclean não tão conhecido ou lembrado em nossos dias é ou foi um grande compositor que consegue expressar em suas músicas o que nós temos de mais comum, ou deveríamos ter, que é a humanidade.
O segundo vídeo diz muito pra mim, apesar de não ser um grande fã dos Beatles.
"Fool on the hill" é uma das músicas mais belas dos Beatles, entre "Help" e "Let it be".
A música me chama muito a atenção, pois às vezes tenho a sensação que nasci para viver sozinho, que sou incompreendido, e não é caso de uma incompreensão simples, mas uma forte incompreensão.
Pessoas como a personagem da canção parece ser a única pessoa no mundo capaz de ver as coisas como elas são (simples), e talvez por isso, rejeitado por outros. Remete a uma outra canção do Legião Urbana que diz: "às vezes o que eu vejo quase ninguém..."
Música e letra se encaixam perfeitamente, e servem como trilha sonora para os momentos de incompreensão.
Nunca pensei que passaria por situação igual, até porque não dei causa. No momento estou sofrendo ou pagando por pecados alheios.
Dizem que toda a ação tem uma reação. Pior é quando pouco se tem a fazer senão deixar o tempo passar, e parece que não passa. As pessoas, no fundo no fundo, sabem que você não tem culpa, por isso, não partem para atitudes mais extremas.
Amigos que colocam em dúvida seu caráter não merecem mais esse título de "amigo". Estou e pretendo desta vez aprender a descartar as pessoas.
Da situação ruim, pode vir uma situação boa, afinal, como disse no meu perfil, acredito em dias melhores. Sempre acreditei, se não fosse assim, talvez tudo seria uma grande M, e não teria conseguindo chegar ao ponto que cheguei e olhar pra trás e ver que a diferença é substancial.
Voltando ao intuito do blog, cheguei a uma resposta que me traz a sensação que a coisa pode melhorar, desde que eu mesmo assuma as rédeas da minha própria vida. A música "Die Another Day - (Madonna)" mostra ou pelo menos é assim que eu vejo, que por mais que eu "morra a cada dia", há sempre uma solução.
Posto o vídeo da mesma maneira que postei no Fb.
To whom it may concern: Analyze this...
I'm gonna avoid the clichés (as always) and if I have to Die Another Day I'd better find another way (as always) It's not my time to go (Jetzt) 'cause there's so much more to know...
São vários os intuitos da criação deste Blog. O principal deles é mostrar como as músicas podem, de fato, expressar o que nós, simples mortais, sentimos.
A ideia do título era "1000 Answers With 1000 Videos", porém, como dizia um amigo: "Não é muito audível."
Mas, depois de algum tempo cheguei a "1000 Videos for 1000 Questions". O que eu também acho nada audível.
Assim, mesmo sabendo que o título mais apropriado é esse último, pelo fato da audibilidade, preferi chamar de "1000 Videos for 1000 Answers" com domínio "1000videos1000answes".
